"Todos os dias o ciclo se repete, às vezes com mais rapidez, outras mais lentamente. E eu me pergunto se viver não será essa espécie de ciranda de sentimentos que se sucedem e se sucedem e deixam sempre sede no fim."





Caio Fernando Abreu






segunda-feira, 1 de novembro de 2010

"Parece Incrível ainda estar vivo quando já não se acredita em mais nada. Olhar, quando já não se acredita no que se vê. E não sentir dor nem medo porque atingiram seu limite. E não ter nada além deste amplo vazio que poderei preencher como quiser ou deixá-lo assim, sozinho em si mesmo, completo, total."


Esse sentimento que queima dentro de mim, impossível extirpar-lo. Na verdade acredito que já faz parte de mim, faz parte de toda a infinita miscelânia de sentimentos e fatos arquivados no meu sistema de defesa emocional. Pra ser bem sincera, nem sei mais em que acredito. Não consigo entender o fato de por exemplo, pessoas que perdem seus pais de forma brutal e sofrem por ter perdido um pai que realmente era um pai, e fazia jus a essa missão. SIM! porque dizer que é pai e dizer da boca pra fora que EU TE AMO SE CUIDA qualquer um diz. Principalmente quando não se conhece o próprio filho, não sabe nada sobre ele, não conhece seus gostos e desejos ou sequer nunca esteve presente pra enxugar uma lágrima sequer, pra ajudá-lo ou apenas abraçá-lo ou ainda simplesmente pra lhe pagar uma lata de leite na sua infância ou ir a festinha de dia dos pais. Realmente, é fácil falar. E enquanto pessoas perdem pais que representavam um herói e um exemplo em sua vida, outros ficam a pensar o porque de ao invés de terem recebido um PAI receberam um PAILHAÇO.

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